domingo, janeiro 27, 2008

Gruda

Vem,
Vem sem freio,
Gruda em mim,
Não desgruda do meu corpo,
Deixa eu te sentir todinho colado em mim,
Feito tatuagem,
Feito os pelos que contornam sua pele,

Quero sentir seu halito amargo,
É ele mesmo susurrando no meu ouvido...
Falando aquelas besteiras que só você sabe falar,
E só aceito ouvi-las de você.

Me amarra nos seus braços,
Num nó mais forte do que um nó de escoteiro,

Quero você sempre aparata,
E pronto,
Pra mim e ao meu lado

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Isaura se corrompeu

Isaura se corrompeu, ela que era tão digna se deixou persuadir por aquele calhamaço de dinheiro, mesmo casada, ela se deitou com aquele enfadonho senhor, anojada, mas enfeitiçada, ao invés do odor do homem, ela sentia o cheiro das notas, aquilo entrava em suas narinas com mais fúria do que aquele corpo, naquela hora pouco importava a moral, a aliança, ou os bons costumes, o que valia era a vontade de se dar ao luxo de ter luxo, mesmo que para isso se envolvesse no lixo, no esgoto, e era o que acontecia sempre que se entregava aos beijos daquele homem, enfim a noite acabou, o ser sumiu, assim como a lua, a dignidade dela também se foi ficando só o dinheiro.